JORNAL A CRÍTICA CATARINENSE
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19/09/2018
SILICONE AUMENTA CHANCE DE MORTE POR CÂNCER DE MAMA, DIZ ESTUDO
Mulheres com implantes de silicone nos seios e que desenvolvem câncer de mama têm mais chances de morrer da doença, sugere uma pesquisa canadense.
Segundo o estudo, divulgado na publicação britânica British Medical Journal, as próteses não são as causadoras dos tumores, mas dificultam o diagnóstico do câncer em seus estágios iniciais.
Os autores da pesquisa, o epidemiologista Eric Lavigne e o professor Jacques Brisson, ambos da Universidade de Quebec, analisaram os resultados de 12 estudos publicados desde 1993 nos Estados Unidos, Canadá e no Norte da Europa.
Eles concluíram que mulheres com silicone tem 26% mais chances de serem diagnosticadas com câncer nos estágios avançados da doença - justamente porque a prótese impediu o diagnóstico no estágio inicial. Uma análise de cinco estudos mostrou que a chance de morte entre pacientes com prótese aumenta 38%.
O estudo afirma que a presença do silicone dificulta a identificação do câncer por exames de raio-X e mamografias. Em contrapartida, o implante pode facilitar a detecção manual dos tumores porque fornece uma superfície contra a qual o nódulo se apoia.
"A pesquisa sugere que a cirurgia cosmética para aumento dos seios pode prejudicar o índice de sobrevivência entre mulheres que posteriormente são diagnosticadas com câncer de mama", afirmaram os pesquisadores.
No entanto, eles ponderam que os resultados devem ser interpretados com cautela, porque os dados de alguns estudos não se encaixam nos critérios da meta-análise, um método de pesquisa que tenta combinar resultados de estudos independentes sobre um único tema.
Os canadenses defendem a necessidade de mais estudos para investigar os efeitos a longo prazo dos implantes cosméticos de mama na identificação e prognóstico de câncer.
Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2011 foram realizadas quase 149 mil cirurgias de aumento dos seios no Brasil, colocando o país atrás somente dos Estados Unidos no ranking do número de mulheres que realizam a cirurgia. Em todo o mundo, foram 1,2 milhão de cirurgias.
CÂMARA ANALISA CRIAÇÃO DA LEI INFÂNCIA SEM PORNOGRAFIA
Projeto reforça restrição de
acesso a conteúdo impróprio por crianças e adolescentes
Deputada Rosinha da ADEFAL (AVANTE/AL)
Proposta em tramitação na Câmara
determina que serviços públicos e eventos patrocinados pelo poder público
respeitem normas legais que proíbem o acesso de crianças e adolescentes a
conteúdos pornográficos (PL 9645/18).
De acordo com o projeto, de
autoria da deputada Rosinha da Adefal (Avante-AL), a exigência se aplica a
qualquer material impresso, sonoro, audiovisual ou de imagem, ainda que
didático ou paradidático, entregue ou colocado ao acesso de crianças e
adolescentes.
Segundo o texto, chamado pela
deputada de Lei Infância sem Pornografia, é conteúdo pornográfico ou obsceno
todo áudio, vídeo, imagem ou texto escrito ou lido que contenha palavrões,
imagem erótica, de relação sexual ou de ato libidinoso.
A violação do dispositivo implica
em multa de 15 % do valor do contrato ou patrocínio. No caso de servidor
público, a multa será de 5 % da sua remuneração.
Qualquer pessoa jurídica ou
física, inclusive pais ou responsáveis, poderá fazer denúncia à Administração
Pública e ao Ministério Público quando houver violação à determinação.
“A Constituição Federal, a
Convenção Americana de Direitos Humanos e diversas leis federais estabelecem um
sistema sólido de proteção a crianças e adolescentes contra violações à sua
dignidade humana, especialmente nos âmbitos de sua integridade física, sexual e
psicológica”, afirma Rosinha da Adefal.
Tramitação
O projeto, que tramita
conclusivamente, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família;
de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Reportagem –
Luiz Gustavo Xavier
Edição –
Natalia Doederlein
PESQUISADORA EXPLICA COMO STF INFLUENCIOU NO IMPEACHMENT
Leonardo Sakamoto
''Quando se
combina as decisões do impeachment com as da Lava Jato, verificamos que o
Supremo teve uma grande influência no curso do impeachment'', afirma Eloisa
Machado de Almeida, professora da FGV Direito SP, doutora em Direito pela USP e
coordenadora do Centro de Pesquisa Supremo em Pauta.
Eloísa atua no acompanhamento das
decisões do Supremo Tribunal Federal e uma das pesquisas que coordena tem
analisado as decisões do STF junto às da operação Lava Jato. De acordo com ela,
o tribunal jogou com o tempo, deixando alguns atores livres (mesmo em condições
para prisão preventiva) e bloqueou outros, influenciando no processo de
cassação de Dilma Rousseff. Ela separa três momentos decisivos listados que
podem ser lidos no post.
Ela separa três momentos
decisivos. Primeiro, a prisão em flagrante do então senador Delcídio do Amaral
(PT), por decisão do ministro Teori Zavascki a pedido do procurador geral da
República Rodrigo Janot, em 25 novembro de 2015. De acordo com ela, isso deu
força para que o processo de impeachment fosse aceito por Eduardo Cunha, então
presidente da Câmara, no dia 2 de dezembro do mesmo ano.
Segundo, houve a quebra de sigilo
e divulgação da conversa telefônica entre Dilma e Lula sobre a sua nomeação
para ministro da Casa Civil, em 16 de março de 2016, quando este ainda não era réu
pela Lava Jato. Isso teria o intuito de garantir foro privilegiado a ele. Na
sequência, o ministro Gilmar Mendes, impediu que Lula tomasse posse. De acordo
com Eloia, esse episódio deu um fôlego extraordinário ao processo na Câmara dos
Deputados, que autorizou a abertura do impeachment no mês seguinte.
Por último, somente após o
impeachment ser encaminhado ao Senado, Eduardo Cunha foi afastado do mandato de
deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara por uma decisão
do ministro Teori Zavascki.
Segundo, a pesquisadora, no curso
do impeachment, o STF reproduziu o rito de 1992, garantindo um curso morno do
processo. Mas essas decisões extraordinárias, relacionadas ao desdobramentos da
Lava Jato, tiveram impacto no impeachment e foram responsáveis pelo seu
desfecho.
A entrevista com a professora
Eloísa Machado também abordou outros temas, incluindo o protagonismo do Supremo
Tribunal Federal neste momento do país, as consequências de um Poder Judiciário
mais forte que os outros dois poderes e a noção de Justiça no Brasil:
A Suprema Corte é um tribunal progressista ou conservador?
De acordo com Eloisa Machado, o
Supremo Tribunal Federal nunca foi uma corte progressista. O que aconteceu é
que ele acabou levando carona no mérito de outros atores, seja no Poder
Executivo, no Legislativo ou do próprio Judiciário, por ser dele a última
palavra sobre assuntos como a legalização do casamento homoafetivo ou o direito
ao aborto de fetos anencéfalos. Segundo Eloisa, uma prova de que o STF não é
progressista é exatamente a discussão sobre o direito ao aborto em qualquer
circunstância, que está bem aquém de outros países que já garantiram esse
direito às mulheres.
Segundo ela, esse tribunal, que
já não era progressista, agora está adotando posturas mais conservadoras, como
a derrubada da inviolabilidade de domicílio, o direito de não ser preso antes
do trânsito em julgado de um crime e o direito de greve de servidores públicos.
O que acontece quando juízes se confundem com políticos?
Se o Supremo Tribunal Federal
toma o lugar de um administrador público que foi eleito (sic) para tomar uma
decisão, você tem um grande problema. De acordo com Eloisa Machado, professora
da FGV, o STF deve decidir de acordo com o que está escrito na Constituição
Federal. A razão jurídica deve prevalecer sobre a razão política, caso
contrário quem sai perdendo é a população brasileira.
Por exemplo, quando o STF for
decidir sobre a proposta de emenda constitucional 55/2016 (antiga PEC 241), que
prevê a imposição de um limite no crescimento dos gastos públicos e deve afetar
áreas como educação e saúde, deveria refletir sobre os direitos previstos em
lei e não sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo.
A Suprema Corte esvaziou o direito à greve
A decisão do Supremo Tribunal
Federal de limitar o direito à grave dos servidores públicos é absurda e vai
contra a Constituição Federal, segundo a professora e pesquisadora Eloisa
Machado. Na prática, a pessoa terá que escolher entre alimentar sua família ou
entrar em greve – o que, pela Constituição, é um direito. E quando os
servidores forem protestar contra os impactos dos cortes em serviços públicos
causados pela aplicação da PEC 55/2016 (antiga PEC 241) terão seus salários
cortados pelo Estado.
O que acontece com um país em que o Judiciário se torna o poder mais
forte
Delegar a resolução dos problemas
da vida nacional aos magistrados e confiar que eles façam isso, não é uma
solução. ''O Judiciário é menos sujeito aos controles democráticos. Você não
vota e eles ficam no cargo para sempre para aplicar a leis sem nenhum tipo de
pressão'', afirma Eloísa Machado, professora de direito da FGV e especialista
sobre o Supremo Tribunal Federal. ''Mas não é ali que se faz política. Política
se faz com debates e propostas.'' Segundo ela, vivemos um momento em que
candidaturas com discurso apolítico ganham as eleições para o Executivo e no
qual o Legislativo está em descrédito. Delegar a resolução dos problemas da
vida nacional aos magistrados e confiar que eles façam isso, não é uma solução.
Ele receia que, com o aumento do descrédito das instituições, manifestações
como as de junho de 2013 podem voltar.
A prisão de Eduardo Cunha foi juridicamente correta?
''A prisão de Eduardo Cunha não
foi juridicamente correta. Ele foi mais uma vítima do uso excessivo da prisão
preventiva'', afirma Eloisa Machado, processo de Direito da FGV. ''Se falamos
que isso está errado, quando envolve as pessoas que a gente gosta, temos falar
das que a gente desgosta.'' Segundo ela, isso mostra como o direito, como
mecanismo de solucionar esse tipo de conflito, está um pouco corroído.
''A gente gosta quando se quebra
uma regra contra uma pessoa da qual temos algum tipo de ódio, a gente gosta de
ver criança apanhando em desocupação de escola porque somos contra a ocupação,
você acha legal a polícia batendo em manifestante porque você acha que quem faz
manifestação não trabalha. Bem, vai chegar uma hora que isso vai acontecer com
você. E você está desconstruindo e deslegitimando a própria ideia de direito, o
que me preocupa muito'', explica Eloisa.
De acordo com ela, a Lava Jato
não é uma exceção num Judiciário que prende muito, e que prende muito
preventivamente. ''O problema é que você prende a pessoa e substitui a
investigação por isso. Então, quando se investiga mal, lá na frente você não
consegue uma condenação. Então, você garante uma 'pena' prendendo
preventivamente essas pessoas.'' Segundo ela, isso se resolveria com boa
investigação e boa coleta de provas.
A Justiça é seletiva: ela escolhe pobres, negros e jovens para punir
Muita gente defende a decisão do
Supremo Tribunal Federal em confirmar que condenados em segunda instância devem
começar a cumprir pena mesmo sem uma decisão transitada em julgado, afirmando
que pessoas pobres não usam tribunais superiores e, portanto, só os mais ricos
serão prejudicados. Mas elas estão enganadas. De acordo com a professora de
Direito da FGV e especialista no Supremo Tribunal Federal, Eloísa Machado, as
Defensorias Públicas, que atendem cidadãos que não podem bancar um advogado,
atuam sim em tribunais superiores, garantindo habeas corpus para os mais pobres
que ainda estão recorrendo de decisões.Segundo ela, o sistema de Justiça no
Brasil é seletivo. Escolhe pobres, negros e homens para punir.
''Nós temos um sistema prisional
com 40% dos presos provisórios, ou seja, nenhuma sentença. Às vezes, ficam por
mais tempo do que sua futura sentença criminal poderia puni-los.'' Segundo ela,
a punição, já em segunda instância, não vai melhorar esse sistema, mas apenas
ajudar a desconstruir a garantia de ninguém seja preso antes de esgotado todos
os recursos.
Magistrados ganharem salários acima do teto fere credibilidade da
Justiça
O juízes ganharem acima do teto
de remuneração constitucional é um problema para administração pública como um
todo. O Supremo Tribunal Federal poderia ter limitado isso. Mas o que fez foi
garantir a extensão do auxílio-moradia. ''Temos um problema de controle de
gastos e de gestão do Judiciário que será muito difícil de ser superado'',
afirma Eloísa Machado, professora de Direito da FGV e pesquisadora sobre STF.
''Temos uma crise de legitimidade
sistêmica em nossas instituições. Nós não confiamos no nosso Legislativo, e não
é à toa, não confiamos no Executivo, e também não é à toa, e meu grande receio
é que se perca a confiança no Judiciário'', afirma.
Mulheres trans no banheiro feminino e a transparência do STF
É importante que haja
transparência sobre os debates que precedem às decisões do Supremo, mesmo que
haja um efeito colateral de alguns ministros ou juízes terem um contato maior
com a política. De acordo com Eloísa Machado, professora de Direito da FGV e
pesquisadora sobre o Supremo Tribunal Federal, se as audiências não fossem
televisionadas, não seria possível, por exemplo, verificar preconceitos ou
opiniões. Como as de ministros do Supremo que, em um debate sobre o direito de
mulheres transexuais de usarem o banheiro feminino, afirmaram que não se
sentiam confortáveis de julgar o caso porque imaginavam a situação de uma filha
ou uma esposa ao compartilharem o banheiro com uma mulher trans. Segundo ela,
se não houvesse essa transparência, não seria possível ter esse termômetro.
É comum um ministro do STF ser politicamente ativo?
É evidente que ministros que usem
a mídia com tanta naturalidade e emitam opiniões políticas não são benéficos
para a idéia de um tribunal imparcial, afirma Eloísa Machado, professora de
Direito na FGV-SP e pesquisadora sobre o STF. Mas isso é antigo na corte.
Fala-se do ministro Gilmar Mendes, mas outros já fizeram isso no passado e não
é novidade. ''É uma pena que o tribunal se coloque tão próximo da política'',
afirma.
Por que muita gente joga pedra na Constituição de 1988?
A Constituição de 1988 garante
tanto a liberdade econômica quando um Estado social. ''Hoje, vemos um abandono
desse lado social'', afirma Eloísa Machado, professora de Direito na FGV. ''A
Constituição prevê um Estado social, grande, que ofereça saúde para todos, que
vai garantir educação de qualidade, que vai demarcar terra, que vai fazer
reforma agrária, que vai distribuir renda. Tudo isso está na Constituição.
Neste momento, vemos o desprezo por esse lado social.''
26/10/2017
SAIBA COMO VOTOU CADA DEPUTADO NA DENÚNCIA CONTRA TEMER
A Câmara dos Deputados barrou nesta quarta-feira
(25) a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente
Michel Temer.
Foram 251 votos a favor de Temer, e 233 votos
contrários. Dois deputados se abstiveram e outros 25 estavam ausentes.Eram necessários 342 votos “não” para que o Supremo Tribunal Federal fosse autorizado a analisar a acusação contra Temer e dois de seus ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Veja a seguir como votou cada um dos deputados:
233 NÃO
Zé Carlos PT
MA
Wolney Queiroz PDT PE
Weverton Rocha PDT MA
Wellington Roberto PR PB
Weliton
Prado PROS MG
Waldir
Maranhão AVANTE MA
Waldenor
Pereira PT BA
Wadih Damous
PT RJ
Vitor Valim
PMDB CE
Vitor Lippi PSDB SP
Vicentinho PT SP
Vicente
Candido PT SP
Vicente
Arruda PDT CE
Veneziano
Vital Do Rêgo PMDB PB
Vanderlei
Macris PSDB SP
Vander
Loubet PT MS
Valmir
Prascidelli PT SP
Valmir
Assunção PT BA
Valadares
Filho PSB SE
Uldurico
Junior PV BA
Tiririca PR
SP
Tadeu
Alencar PSB PE
Subtenente
Gonzaga PDT MG
Stefano
Aguiar PSD MG
Sóstenes
Cavalcante DEM RJ
Silvio
Torres PSDB SP
Silvio Costa
AVANTE PE
Silas Freire
PODE PI
Shéridan
PSDB RR
Sergio
Zveiter PODE RJ
Sergio
Vidigal PDT ES
Sérgio Reis
PRB SP
Sérgio Brito
PSD BA
Sandro Alex
PSD PR
Ságuas
Moraes PT MT
Rubens
Pereira Júnior PCdoB MA
Rubens Otoni
PT GO
Rubens Bueno
PPS PR
Ronaldo
Lessa PDT AL
Rodrigo
Martins PSB PI
Rocha PSDB
AC
Roberto
Freire PPS SP
Ricardo
Tripoli PSDB SP
Renata Abreu
PODE SP
Reginaldo
Lopes PT MG
Rafael Motta
PSB RN
Professora
Marcivania PCdoB AP
Pompeo De
Mattos PDT RS
Pollyana
Gama PPS SP
Pepe Vargas
PT RS
Pedro Vilela
PSDB AL
Pedro Uczai
PT SC
Pedro Cunha
Lima PSDB PB
Paulo
Teixeira PT SP
Paulo
Pimenta PT RS
Paulo
Magalhães PSD BA
Paulo
Foletto PSB ES
Paulão PT AL
Patrus
Ananias PT MG
Pastor
Eurico PHS PE
Padre João
PT MG
Otavio Leite
PSDB RJ
Orlando
Silva PCdoB SP
Onyx
Lorenzoni DEM RS
Odorico
Monteiro PSB CE
Norma Ayub
DEM ES
Nilto Tatto
PT SP
Nelson
PellegrinoPT BA
Moisés Diniz
PCdoB AC
Miro
Teixeira REDE RJ
Miguel
Haddad PSDB SP
Mauro
Mariani PMDB SC
Mariana
Carvalho PSDB RO
Maria Do
Rosário PT RS
Margarida
Salomão PT MG
Marcos
Rogério DEM RO
Marcos Abrão
PPS GO
Marcon PT RS
Marco Maia
PT RS
Marcelo
Matos PHS RJ
Marcelo
Álvaro Antônio PR MG
Mandetta DEM
MS
Major
Olimpio SD SP
Luizianne
Lins PT CE
Luiza
Erundina PSOL SP
Luiz Sérgio
PT RJ
Luiz Lauro
Filho PSB SP
Luiz Couto
PT PB
Luiz Carlos
Ramos PODE RJ
Luis Carlos
Heinze PP RS
Luciano
Ducci PSB PR
Luciana
Santos PCdoB PE
Lobbe Neto
PSDB SP
Lincoln
Portela PRB MG
Leopoldo
Meyer PSB PR
Leônidas
Cristino PDT CE
Leonardo
Monteiro PT MG
Leo De Brito
PT AC
Leandre PV
PR
Laura
Carneiro PMDB RJ
Laudivio
Carvalho SD MG
Keiko Ota
PSB SP
Jutahy
Junior PSDB BA
Júlio
Delgado PSB MG
Julião Amin
PDT MA
Jose Stédile
PSB RS
José Nunes
PSD BA
José Mentor
PT SP
José
Guimarães PT CE
José Airton
Cirilo PT CE
Jorginho
Mello PR SC
Jorge Solla
PT BA
Jorge Boeira
PP SC
Jony Marcos
PRB SE
Joaquim
Passarinho PSD PA
João Paulo
Papa PSDB SP
João Paulo
Kleinübing PSD SC
João
Gualberto PSDB BA
João Derly
REDE RS
João Daniel
PT SE
João Campos
PRB GO
Jô Moraes
PCdoB MG
Jhc PSB AL
Jerônimo Goergen PP RS
Jefferson Campos PSD SP
Jean Wyllys
PSOL RJ
Jarbas
Vasconcelos PMDB PE
Janete
Capiberibe PSB AP
Jandira
Feghali PCdoB RJ
Jair
Bolsonaro PSC RJ
Jaime
Martins PSD MG
Izaque Silva
PSDB SP
Ivan Valente
PSOL SP
Irmão Lazaro
PSC BA
Irajá Abreu
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Hugo Leal
PSB RJ
Heuler
Cruvinel PSD GO
Henrique
Fontana PT RS
Helder Salomão PT ES
Heitor Schuch PSB RS
Gonzaga
Patriota PSB PE
Glauber
Braga PSOL RJ
Givaldo
Vieira PT ES
Givaldo
Carimbão PHS AL
Geovania De
Sá PSDB SC
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Hilton PSB MG
Gabriel
Guimarães PT MG
Flavinho PSB
SP
Flávia
Morais PDT GO
Fernando
Torres PSD BA
Félix
Mendonça Júnior PDT BA
Felipe
Bornier PROS RJ
Fábio Sousa
PSDB GO
Fábio
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Expedito
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De Melo PV ES
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Amin PP SC
Eros
Biondini PROS MG
Erika Kokay
PT DF
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PT PR
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Gama PPS MA
Eduardo Cury
PSDB SP
Eduardo
Bolsonaro PSC SP
Eduardo
Barbosa PSDB MG
Dr. Jorge
Silva PHS ES
Diego Garcia
PHS PR
Deley PTB RJ
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Waldir PR GO
Delegado
Francischini SD PR
Delegado
Éder Mauro PSD PA
Décio Lima
PT SC
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Magalhães PCdoB BA
Danrlei De
Deus Hinterholz PSD RS
Danilo
Cabral PSB PE
Daniel
Coelho PSDB PE
Daniel
Almeida PCdoB BA
Damião
Feliciano PDT PB
Dagoberto
Nogueira PDT MS
Conceição
Sampaio PP AM
Cícero
Almeida PODE AL
Christiane
De Souza Yared PR PR
Chico Lopes
PCdoB CE
Chico
D’ângelo PT RJ
Chico
Alencar PSOL RJ
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Messias PSB AC
Celso Pansera PMDB RJ
Carmen Zanotto PPS SC
Carlos
Zarattini PT SP
Carlos
Sampaio PSDB SP
Carlos
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Fábio Abreu PTB PI
Capitão
Augusto PR SP
Caetano PT
BA
Cabo Sabino
PR CE
Cabo Daciolo
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Bohn Gass PT RS
Beto Faro PT PA
Betinho
Gomes PSDB PE
Benedita Da
Silva PT RJ
Bebeto PSB
BA
Bacelar PODE
BA
Augusto
Carvalho SD DF
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Couto PDT PR
Arolde De
Oliveira PSC RJ
Arnaldo
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Arnaldo
Faria De Sá PTB SP
Arlindo
Chinaglia PT SP
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Holanda PDT CE
Antonio
Carlos Mendes Thame PV SP
Antonio
Brito PSD BA
Angelim PT
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Sanchez PT SP
André
Figueiredo PDT CE
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PT SP
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Portugal PCdoB BA
Alex Manente PPS SP
Alan Rick DEM AC
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Afonso Hamm
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Mesquita Jr. DEM RR
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Molon REDE RJ
Carlos
Manato SD ES
Assis
Carvalho PT PI
Antônio
Jácome PODE RN
Adelmo
Carneiro Leão PT MG
Afonso
Florence PT BA
Adelson
Barreto PR SE
251 SIM
Zeca
Cavalcanti PTB PE
Zé Silva SD
MG
Zé Augusto
Nalin PMDB RJ
Wladimir
Costa SD PA
Wilson Filho PTB PB
Walter Ihoshi PSD SP
Walter Alves PMDB RN
Walney Rocha PEN RJ
Vinicius
Carvalho PRB SP
Victor Mendes
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Vicentinho
Júnior PR TO
Valdir
Colatto PMDB SC
Vaidon
Oliveira PROS CE
Toninho
Wandscheer PROS PR
Toninho
Pinheiro PP MG
Thiago
Peixoto PSD GO
Tereza
Cristina PSB MS
Tenente
Lúcio PSB MG
Takayama PSC
PR
Soraya
Santos PMDB RJ
Simone
Morgado PMDB PA
Simão Sessim
PP RJ
Silas Câmara
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Sergio Souza
PMDB PR
Sérgio
Moraes PTB RS
Sebastião
Oliveira PR PE
Sarney Filho
PV MA
Saraiva
Felipe PMDB MG
Rosangela
Gomes PRB RJ
Rôney Nemer
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Ronaldo
Nogueira PTB RS
Ronaldo
Martins PRB CE
Ronaldo
Fonseca PROS DF
Ronaldo
Carletto PP BA
Ronaldo
Benedet PMDB SC
Rômulo
Gouveia PSD PB
Rogério
Silva PMDB MT
Rogério
Rosso PSD DF
Rogério
Peninha Mendonça PMDB SC
Rogério
Marinho PSDB RN
Rodrigo De
Castro PSDB MG
Roberto
Sales PRB RJ
Roberto De
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Roberto
Britto PP BA
Roberto
Balestra PP GO
Roberto
Alves PRB SP
Ricardo Izar
PP SP
Renzo Braz
PP MG
Renato
Molling PP RS
Renato
Andrade PP MG
Remídio
Monai PR RR
Reinhold
Stephanes PSD PR
Raquel Muniz
PSD MG
Raimundo
Gomes De Matos PSDB CE
Professora
Dorinha Seabra Rezende DEM TO
Professor
Victório Galli PSC MT
Pr. Marco
Feliciano PSC SP
Pedro Paulo
PMDB RJ
Pedro
Fernandes PTB MA
Pedro Chaves
PMDB GO
Paulo
Pereira Da Silva SD SP
Paulo Maluf
PP SP
Paulo Feijó
PR RJ
Paulo Azi
DEM BA
Paulo Abi-Ackel
PSDB MG
Pauderney
Avelino DEM AM
Paes Landim
PTB PI
Osmar
Serraglio PMDB PR
Osmar
Bertoldi DEM PR
Nilton
Capixaba PTB RO
Nilson Pinto
PSDB PA
Nilson
Leitão PSDB MT
Newton
Cardoso Jr PMDB MG
Nelson
Padovani PSDB PR
Nelson
Meurer PP PR
Nelson
Marquezelli PTB SP
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Rodrigues PMDB CE
Missionário
José Olimpio DEM SP
Misael
VarellaDEM MG
Milton Monti
PR SP
Miguel
Lombardi PR SP
Mendonça
Filho DEM PE
Mauro
Pereira PMDB RS
Mauro Lopes
PMDB MG
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Quintella Lessa PR AL
Marx Beltrão
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Mário
Negromonte Jr. PP BA
Marinha
Raupp PMDB RO
Marinaldo
Rosendo PSB PE
Maria Helena
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Marcus
Vicente PP ES
Marcus
Pestana PSDB MG
Marcos
Reategui PSD AP
Marcos
Montes PSD MG
Marco
Antônio Cabral PMDB RJ
Marcio
Alvino PR SP
Marcelo
Squassoni PRB SP
Marcelo
Delaroli PR RJ
Marcelo Aro
PHS MG
Marcelo
Aguiar DEM SP
Magda
Mofatto PR GO
Macedo PP CE
Luiz
Nishimori PR PR
Luiz
Fernando Faria PP MG
Luiz Cláudio
PR RO
Luiz Carlos
Hauly PSDB PR
Luis Tibé
AVANTE MG
Lucio Vieira
Lima PMDB BA
Lúcio Vale
PR PA
Lucio
Mosquini PMDB RO
Luciano
Bivar PSL PE
Lucas
Vergilio SD GO
Lindomar
Garçon PRB RO
Leonardo
Quintão PMDB MG
Leonardo
Picciani PMDB RJ
Lelo Coimbra
PMDB ES
Lázaro
Botelho PP TO
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Filho DEM MA
Junior
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Julio Lopes
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Júlio Cesar
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Júlia
Marinho PSC PA
Jozi Araújo
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Jovair
Arantes PTB GO
Josué
Bengtson PTB PA
José Rocha
PR BA
José
Reinaldo PSB MA
José Priante
PMDB PA
José Otávio
Germano PP RS
José Fogaça
PMDB RS
José Carlos
Aleluia DEM BA
Jorge Tadeu
Mudalen DEM SP
Jorge Côrte
Real PTB PE
Jones
Martins PMDB RS
João
Rodrigues PSD SC
João Marcelo
Souza PMDB MA
João Carlos
Bacelar PR BA
João Arruda
PMDB PR
Jéssica
Sales PMDB AC
Izalci Lucas
PSDB DF
Iracema
Portella PP PI
Hugo Motta PMDB PB
Hiran Gonçalves PP RR
Hildo Rocha
PMDB MA
Hermes
Parcianello PMDB PR
Herculano
Passos PSD SP
Heráclito
Fortes PSB PI
Hélio Leite
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Guilherme
Mussi PP SP
Goulart PSD
SP
Gorete
Pereira PR CE
Giuseppe
Vecci PSDB GO
Giovani
Cherini PR RS
Gilberto
Nascimento PSC SP
Giacobo PR
PR
Geraldo
Resende PSDB MS
Genecias
Noronha SD CE
Franklin PP
MG
Francisco
Floriano DEM RJ
Francisco
Chapadinha PODE PA
Flaviano
Melo PMDB AC
Fernando
Monteiro PP PE
Fernando
Coelho Filho PSB PE
Felipe Maia
DEM RN
Fausto
Pinato PP SP
Fábio
Ramalho PMDB MG
Fabio Garcia
PSB MT
Fábio Faria
PSD RN
Ezequiel
Fonseca PP MT
Evandro
Roman PSD PR
Evandro
Gussi PV SP
Elmar
Nascimento DEM BA
Elizeu
Dionizio PSDB MS
Eli Corrêa
Filho DEM SP
Elcione
Barbalho PMDB PA
Efraim Filho
DEM PB
Eduardo Da
Fonte PP PE
Edmar Arruda
PSD PR
Edio Lopes
PR RR
Dulce
Miranda PMDB TO
Dr. Sinval
Malheiros PODE SP
Domingos
Sávio PSDB MG
Domingos
Neto PSD CE
Dimas
Fabiano PP MG
Dilceu
Sperafico PP PR
Diego
Andrade PSD MG
Delegado
Edson Moreira PR MG
Dejorge Patrício
PRB RJ
Darcísio
Perondi PMDB RS
Danilo Forte
PSB CE
Daniel
Vilela PMDB GO
Dâmina
Pereira PSL MG
Cristiane
Brasil PTB RJ
Covatti
Filho PP RS
Cleber Verde
PRB MA
Claudio
Cajado DEM BA
Cesar Souza
PSD SC
César Halum PRB TO
Celso Russomanno PRB SP
Celso Maldaner PMDB SC
Celso Jacob
PMDB RJ
Célio
Silveira PSDB GO
Carlos
Melles DEM MG
Carlos Marun
PMDB MS
Carlos Gomes
PRB RS
Carlos
Henrique Gaguim PODE TO
Carlos
Bezerra PMDB MT
Cajar Nardes
PODE RS
Caio Narcio
PSDB MG
Cacá LeãoPP
BA
Cabuçu
Borges PMDB AP
Bruno Araújo
PSDB PE
Brunny PR MG
Bruna Furlan
PSDB SP
Bonifácio De
Andrada PSDB MG
Bilac Pinto
PR MG
Beto Salame
PP PA
Beto Rosado
PP RN
Beto Mansur
PRB SP
Benjamin
Maranhão SDP B
Benito Gama
PTB BA
Baleia Rossi
PMDB SP
Aureo SD RJ
Augusto
Coutinho SD PE
Átila Lira
PSB PI
Átila Lins
PSD AM
Arthur
Oliveira Maia PPS BA
Antonio
Imbassahy PSDB BA
Antonio
Bulhões PRB SP
Aníbal Gomes
PMDB CE
Andre Moura
PSC SE
André Fufuca
PP MA
André Amaral
PMDB PB
André Abdon
PP AP
Altineu
Côrtes PMDB RJ
Alfredo
Nascimento PR AM
Alfredo
Kaefer PSL PR
Alexandre
Valle PR RJ
Alexandre
Serfiotis PMDB RJ
Alexandre
Baldy PODE GO
Alex
Canziani PTB PR
Alceu
Moreira PMDB RS
Alberto
Fraga DEM DF
Aelton
Freitas PR MG
Adilton
Sachetti PSB MT
Ademir
Camilo PODE MG
Jhonatan De
Jesus PRB RR
Aluisio
Mendes PODE MA
Aguinaldo
Ribeiro PP PB
Arthur Lira
PP AL
25 AUSENTES
Adalberto
Cavalcanti AVANTE PE
João
Fernando Coutinho PSB PE
Ricardo
Teobaldo PODE PE
Adail
Carneiro PP CE
Carlos Souza
PSD AM
Hissa
Abrahão PDT AM
Sabino
Castelo Branco PTB AM
Edmilson
Rodrigues PSOL PA
Erivelton
Santana PEN BA
José Carlos
Araújo PR BA
Márcio
Marinho PRB BA
Ezequiel
Teixeira PODE RJ
Marcos
Soares DEM RJ
Fabio Reis
PMDB SE
Laercio
Oliveira SD SE
Josi Nunes
PMDB TO
Luana Costa
PSB MA
Mara
Gabrilli PSDB SP
Paulo Freire
PR SP
Marcelo
Castro PMDB PI
Marco
Tebaldi PSDB SC
Mário
Heringer PDT MG
Roberto Góes
PDT AP
Vinicius
Gurgel PR AP
Yeda Crusiu
PSDB RS
2 ABSTENÇÕES
Alexandre
Leite DEM SP
Rodrigo
Pacheco PMDB MG
29/05/2017
MINISTRO DO STF DIZ QUE FACHIN SOFRE CERCO E PRECISA DE 'PROTEÇÃO INSTITUCIONAL'
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal, afirmou em entrevista ao blog do
Josias, no UOL, que seu colega Luiz Edson Fachin, relator da
Lava Jato, está envolto em pressões e precisa de “proteção institucional” para
lidar com as reações de poderosos que estão sendo investigados.
“Que há um cerco, há […] e era previsível”,
declarou o ministro, salientando que Fachin é uma pessoa “de integridade
absoluta, seriedade e dedicação ao trabalho”.
“Ninguém poderia achar que um processo criminal
desta magnitude, envolvendo autoridades com a estatura das autoridades que
estão tendo que se defender e se explicar, não produzisse reação tanto dos seus
advogados quanto dos seus seus aliados”, disse Barroso.
“Acho que ele precisa de proteção institucional
porque as reações são previsíveis, compreensíveis e, às vezes, maledicentes”,
completou.
Questionado sobre se a delação premiada do grupo
JBS deve ser submetida ao plenário do STF, como defendeu o ministro Gilmar
Mendes, Barroso, sem comentar a fala do colega, disse se opor à hipótese.
“Eu penso que em linha de princípio um acordo
homologado deve prevalecer […]. Seria uma deslealdade do Estado, uma vez obtida
a informação, não honrar o compromisso que assumiu”, declarou Barroso,
relembrando comentário feito em um voto de Ayres Britto, que presidiu o STF e
hoje está aposentado.
Sobre a mudança na jurisprudência do tribunal sobre
prisões para pessoas condenadas na primeira e na segunda instância, o ministro
Gilmar Mendes, que votou com a maioria, afirmou recentemente cogitar mudar de
posição, o que inverteria o resultado. Barroso, novamente, negou-se a comentar
as declarações do colega, mas posicionou-se contra a mudança.
“A verdade é que um país não pode ir mudando o
Direito conforme o réu. Isso não é um Estado de direito, é um Estado de
compadrio. Portanto, o Direto tem que ser único e valer para todo mundo. O
poder, inclusive o Judiciário, tem que ser um instrumento para fazer o bem e a
Justiça. Não pode ser uma forma de ajudar os amigos e perseguir os inimigos”,
disse o ministro.
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