Prisão é decretada após ex-funcionário que o acusa de ser mandante de assassinato sofrer atentado
O juiz João Marcos Guimarães Silva, do Tribunal do Júri de Taguatinga, em Brasília, acatou pedido do Ministério Público e decretou a prisão preventiva, domiciliar, do fundador da Gol Linhas Aéreas, Nenê Constantino. Ele é acusado de atrapalhar as investigações e tumultuar o processo que responde pelo assassinato de um líder comunitário. O fato que deflagrou sua prisão foi o atentado contra João Marques dos Santos, revelado pelo iG na semana passada.
Além de Nenê, o juiz decretou a prisão de Vanderlei Batista, funcionário do empresário e considerado pelo promotor de Justiça Bernardo Urbano o braço-direito de Constantino nos crimes de mando e na tentativa de assassinato do ex-genro do fundador da Gol.
Como Nenê está em São Paulo, a polícia deve procura-lo naquele Estado e leva-lo para Brasília, onde o juiz determinou que a prisão seja cumprida. No despacho do juiz ele usou o estado de saúde de Nenê, que está com 79 anos, para assegurar a prisão domiciliar.
De acordo com seu advogado, Alberto Toron, Nenê não é o mandate da tentativa de assassinato de João Marques e sofrerá por uma segunda vez com mais uma prisão irregular. “A primeira prisão, em dezembro, foi irregular, tanto é que foi revogada (...) Ele não tem nada a ver com o atentado. Não há o menor indício que ele foi o mandate. Ele já responde a duas ações de homicídio, ele não faria nada nesse sentido”, disse.
A defesa ainda deve se antecipar à polícia e levar Nenê para Brasília para o cumprimento da decisão, mostrando cooperação com a Justiça, antes de ingressar com um pedido de liberdade nas instâncias superiores.
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