Zagueiro Romário, do Inter, deve ser o primeiro homônimo a jogar na Série A do Brasileirão
Dezessete anos se passaram desde que ele foi o principal nome da conquista do tetra nos Estados Unidos, seis desde a despedida da seleção brasileira e quatro desde o milésimo gol. Agora, enquanto Romário começa a se destacar fora de campo como deputado fiscalizador das obras relacionadas à Copa de 2014, seu nome voltará a ser cada vez mais presente dentro de campo, nas costas das camisas de garotos batizados em sua homenagem.
A idade mais comum entre os “novos Romários” é de 17 anos. Garotos que nasceram nos meses antes ou após o tetracampeonato de 1994 e que hoje estão nas categorias de base de muitos clubes brasileiros. Estes devem chamar a atenção a partir da próxima edição da Copa São Paulo de Juniores. Mas outros, cujos pais já admiravam o artilheiro antes mesmo do Mundial dos Estados Unidos, já começam a aparecer nos elencos profissionais.
É o caso do zagueiro do Internacional Romário Leiria de Moura, de 19 anos. Campeão mundial com a seleção sub 20 há menos de uma semana, ele já se integrou ao elenco comandado por Dorival Júnior e deve em breve estrear como profissional, sendo o primeiro homônimo a jogar na Série A. E ele já está acostumado com as perguntas sobre o xará consagrado.
“Sempre expliquei a mesma coisa. O meu pai queria colocar o nome de um jogador e naquela época quem brilhava mais era o ‘Baixinho’. Mas fiquem tranquilos que eu nunca, jamais, vou virar político”, afirma com bom humor.
Atacante Romário, do São Paulo, ainda está na equipe sub-17 e deve disputar a Copa São Paulo
Na Série B, outros três Romários já atuam como profissionais. Romário da Silva Santos, de 17 anos, lateral-direito do Vitória; Romário Marcelino de Sousa Santos, de 21 anos, atacante de Guarani; e aquele que vem tendo mais destaque, com três gols marcados na competição: Romário Ricardo da Silva, Romarinho, meia de 20 anos do Bragantino.
Entre os grandes clubes brasileiros, somente Grêmio, Corinthians, Fluminense, Atlético-MG e Cruzeiro não possuem um Romário próximo de se tornar profissional. No caso do Cruzeiro, o atacante Vinícius Araújo ganhou o nome como apelido entre os amigos, mas não pretende adotá-lo publicamente. O Romário são-paulino atualmente disputa um torneio no México com a equipe sub-17 do clube. Mas os casos mais curiosos estão mesmo na terra natal do tetracampeão.
UM NOME QUE GARANTE VAGA EM QUALQUER TIME
Romário Barbosa de Oliveira, o representante flamenguista dessa geração, é provavelmente o melhor exemplo de como a conquista do tetra influenciou pais na época. Ele nasceu exatamente no dia do título e, assim, sua mãe, Maria Aparecida, não teve como negar a ideia do pai, Manoel, que pressionou para chamar o filho pelo nome do principal responsável pela conquista.
Ele já chegou a defender o time profissional em amistoso na pré-temporada e agora voltou a treinar nos juniores. Mas o “status” proveniente do nome já o acompanha desde cedo. “Na escola eu sempre era escolhido para jogar nos times dos maiores só porque me chamava Romário. Diziam que com esse nome não dava para ser ruim”, brinca o garoto, que mantém contato pela internet com o Romarinho do Vasco, filho do original.
No clube pelo qual o camisa 11 foi revelado e onde marcou 327 gols, seu filho, Romário de Souza Faria Filho, atacante de 17 anos, não é o único que carrega o nome. Romario Correa de Souza, de 19 anos, faz a dupla de ataque reserva da equipe junior vascaína, já que os titulares são Morano e Rodrigo Dinamite, filho do outro grande ídolo e presidente do clube, Roberto Dinamite.
O coordenador das categorias de base, Jair Bragança, diz que Romarinho não se comporta como filho de craque e destaca sua personalidade calma e profissional. “Não há o que falar dele. É um bom garoto, comprometido. Aliás, todos eles são. Tanto os Romários quanto o Rodrigo Dinamite são exemplares, sem estrelismo nenhum”, afirma. Resta aguardar para saber se apesar da postura menos “marrenta”, o brilho em campo será parecido com o do pai.
Curiosidades
A tabela abaixo apresenta uma lista dos Romários que já jogam ou que devem se profissionalizar em breve por algum dos principais clubes brasileiros. Mas os homônimos do “Baixinho” também estão presentes em outros lugares, como demonstra essa lista de curiosidades:
- o Campeonato Carioca juvenil de 2011 teve 11 Romários inscritos, incluindo o filho do próprio;
- no site da Fifa, além do Romário original, aparecem dois brasileiros com o mesmo nome: o zagueiro do Inter e o lateral-direito do Vitória;
- no site da Fifa, além do Romário original, aparecem dois brasileiros com o mesmo nome: o zagueiro do Inter e o lateral-direito do Vitória;
- no mesmo site, a busca aponta três estrangeiros: Romário Williams e Romário Jones, jamaicanos, e Romário Piggott, panamenho;
- na busca de jogadores profissionais no site da Federação Paulista, são sete Romários, além de um Luan Romário;
- e na busca da FPF nas categorias de base, são 20 Romários, além de um Jackson Romário, um Jeferson Romário e um Rafael Romário;
NOME COMPLETO | CLUBE | POSIÇÃO | DATA DE NASCIMENTO |
Romário Leiria de Moura | Internacional | zagueiro | 28/06/1992 |
Romário da Silva Santos | Vitória | lateral-direito | 18/12/1993 |
Romário Marcelino de Sousa Santos | Guarani | atacante | 17/01/1990 |
Romário Ricardo da Silva | Bragantino | meia | 12/12/1990 |
Romário Barboza da Costa | São Paulo | atacante | 16/04/1994 |
Romário Barbosa de Oliveira | Flamengo | meia | 17/07/1994 |
Romário de Souza Faria Filho | Vasco | atacante | 20/10/1993 |
Romario Correa de Souza | Vasco | atacante | 15/01/1992 |
Romário Hugo dos Santos | Palmeiras | atacante | 01/06/1994 |
Romário Guedes de Almeida | Santos | volante | 04/06/1993 |
Romário Souza Costa | Botafogo | atacante | 18/01/1994 |
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