13/04/2011

JUSTIÇA DEVE JULGAR HOJE HABEAS CORPUS DO GOLEIRO BRUNO

Bruno Fernandes está preso desde julho de 2010 acusado da morte da ex-amante Eliza Samudio, com quem teve um filho

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) deve julgar, na tarde desta quarta-feira, um pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno Fernandes, preso desde o dia 9 de julho na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Segundo o TJ, o julgamento deveria ter acontecido na última quarta-feira, mas o desembargador Doorgal Andrada pediu vistas do processo. O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone, alega que ele pode permanecer em liberdade porque é réu primário, tem bons antecedentes e residência fixa.
No dia 12 de dezembro de 2010, a juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, deicidu mandar Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; e Sérgio Rosa à júri popular pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro e com quem ele teve um filho. 
Bruno, Macarrão e Sérgio são acusados de por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Bola será julgado por homicídio e ocultação de cadáver.
A ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza; a ex-namorada Fernanda Gomes; o administrador Elenilson da Silva e o amigo do goleiro Wemerson Marques, o Coxinha, ficaram presos por cerca de quatro meses, suspeitos de participação no crime. Em dezembro de 2010, foram absolvidos da acusação de assassinarem Eliza. Eles estão em liberdade e respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.
O caso
O goleiro Bruno Fernandes é acusado de matar Eliza Samudio, de 25 anos, com quem manteve um relacionamento extraconjugal. A jovem desapareceu no dia 4 de junho de 2010, quando deixou um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde estava hospedada, e foi para o sítio do atleta, no município de Esmeraldas, em MG. Eliza viajou para o local com o filho de quatro meses, fruto da relação com Bruno. O jogador, no entanto, não concordava em assumir a paternidade da criança.
Segundo amigos da jovem, Eliza teria ido ao sítio do atleta para tentar chegar a um acordo sobre a briga na Justiça a respeito do reconhecimento do filho. No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias de que a mulher havia sido espancada e morta no local. A informação anônima dizia ainda que o bebê de quatro meses estava na propriedade.
Baseado na denúncia, a polícia foi ao local, mas não encontrou a criança. Um funcionário do imóvel, conhecido como Coxinha, confessou ter recebido a criança da mulher de Bruno na margem da rodovia BR-040 (Belo Horizonte-Sete Lagoas) e o repassado a uma terceira pessoa. No dia 26 de junho, o bebê foi encontrado com uma mulher na periferia de Contagem e entregue aos pais da vítima. O corpo de Eliza nunca foi localizado.

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