29/09/2011

COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO RJ DEIXA O CARGO

Coronel Mário Sérgio Duarte está de licença médica.
Novo comandante será anunciado em breve, segundo secretário.


O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, aceitou o pedido de exoneração do comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Mário Sérgio Duarte, de 52 anos, segundo nota da Secretaria de Estado e de Segurança, divulgada na noite desta quarta-feira (28).
Beltrame lamentou a saída do coronel, que está de licença médica. Duarte reconheceu seu próprio desgate e pediu voluntariamente para sair da corporação.
Ainda segundo a nota, o nome do novo comandante-geral da PM será divulgado em breve.
Duarte estava no cargo há pouco mais de 2  anos. A decisão do comandante da PM em deixar o cargo aconteceu após a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, suspeito de ser o mandante da morte da juíza Patricia Acioli, em agosto. Oliveira foi exonerado do comando do 22º BPM (Maré) e está preso.
Veja a íntegra da nota divulgada na noite desta quarta pela Secretaria de Estado e de Segurança:
A Secretaria de Estado de Segurança vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
1) O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, aceitou hoje o
pedido de exoneração do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sérgio Duarte;
2) O secretário lamentou a saída e esclareceu que tem por política conceder autonomia às chefias das polícias para que em nome da eficiência, possam buscar as melhores medidas administrativas e técnicas para ajudar na implementação da política de segurança, que nos últimos anos vem ajudando a reduzir os índices de violência no Estado do Rio;
3) O ex-comandante Mário Sérgio, que se encontra em licença médica, reconheceu o equívoco e ciente do desgaste institucional decorrente de sua escolha, pediu, voluntariamente e em caráter irrevogável, para deixar o comando da PM;
4) O nome do novo comandante geral da PM será divulgado o mais breve possível.

23/09/2011

CENSURA NA ARGENTINA: JUSTIÇA PEDE LISTA DE JORNALISTAS QUE ESCREVEM SOBRE A INFLAÇÃO

Ele se tornou juiz do caso que começou com Moreno contra as consultorias, com rejeição da oposição e ADEPA

O juiz criminal-econômico Alejandro Catania pediu para sete jornais uma lista de jornalistas, seus números de telefone e endereços, que têm escrito sobre a inflação nos últimos seis anos. O movimento é parte do processo movido por uma denúncia do secretário de Comércio, Guillermo Moreno, contra uma consultoria econômica para divulgar dados estatísticos sobre a inflação números contradizem Indec.
A ordem judicial incomum que atinge o diário La Nación, Clarin, Ambito Financiero, repórter de negócios, BAE e Página 12, provocou uma dura reação da oposição , que chamou a decisão um ato de intimidação contra a imprensa.
A Associação de Imprensa Argentina (ADEPA) expressou "grande preocupação e condenação forte" por decisão do juiz, que também atingiu o Congresso. Catania solicitou ao Comité para a Liberdade de Expressão dos membros do encaminhamento dos relatórios sobre a inflação estimada por consultores privados, multado por Moreno, que transmitem a cada mês, eo ato administrativo que tomou a decisão de comunicar o índice . Também perguntamos a eles como eles se esse número. A UCR, o peronismo dissidente, a Coalizão Cívica, Pro e disse que o movimento GEN lembrou de "listas negras da ditadura", que procurou intimidar os jornalistas.
A ordem do juiz aprendeu é o mesmo dia, o chefe do FMI, Christine Lagarde, insistiu na necessidade de a Argentina ter estatísticas credíveis.

FOPEA E ADEPA RECHAÇAM PEDIDO DA JUSTIÇA
Constitucional Gregorio Badeni considerado a medida ordenada pelo Catania "é uma distorção da função judicial, porque ela adverte que a relação entre as publicações e as suposto ato criminoso".Ela acrescentou que "o progresso na liberdade de imprensa, não só pediu a mídia, que pode ser considerado intimidante, mas a condução do julgamento, que criminaliza a liberdade de expressão."
Moreno, após a acusação contra os consultores e multado por espalhar as taxas de inflação, dobrando o INDEC, entrou com uma ação contra um deles, a M & S, Carlos Melconian e Rodolfo Santangelo. Acusada de especulação, especulação envolvendo espalhando informações falsas para aumentar os preços das commodities, títulos públicos ou taxa de juros. De acordo com Moreno, um cenário de inflação alta ajuda os bancos a ganhar maiores margens de intermediação e crescimento de suas carteiras de empréstimos.
A queixa foi ao tribunal em Catania, que é enviado para o Ministério Público Robiglio Carolina, que falou ações anteriores e pediu ação contra Melconian, fontes disse à nação tribunal. Catania lutou escritórios com medidas sugeridas pelo Ministério Público e Moreno si mesmo.
O juiz pediu para relatar os jornais em cinco dias se têm laços comerciais com Melconian e "números de endereços folha de pagamento e de contato" de jornalistas que têm escrito sobre a inflação desde 2006.
O tribunal disse que o movimento "não tem intenção de perseguição", mas procura ter dados para incluir os jornalistas como testemunhas. "A hipótese de que um jornalista alegou, por enquanto, é exagerado", disseram eles no tribunal.
A lei protege a confidencialidade das fontes dos jornalistas, que na melhor das hipóteses pode ser reafirmou em comunicado o conteúdo de suas notas, não está claro que as razões de sua eventual citação. Normalmente, quando os jornalistas são citados negócios diários para chegar ou são citados como de qualquer testemunha no endereço indicado no Registo Nacional de Pessoas.
Ele também ordenou que a Comissão de Liberdade de Expressão dizer como elaborar o spread das taxas de inflação;
relatam que as taxas de juros do Banco Central desde 2006 e quanto foi espalhada dos bancos (diferença entre a taxa de juros pagos sobre depósitos e cobrados sobre empréstimos). Também pediu para informar sobre o dólar futuro desde 2006 e pediu que os bancos relatar se Melconian contratados, contratos e relatórios tinham sido feitas.
Os escritórios são repetidos no INDEC, a Caja de Valores e da AFIP e do FMI. Um escritório local da agência me pediu para lhe dizer o que os parâmetros utilizados na elaboração dos seus relatórios sobre a inflação na Argentina, se tomado em conta as estimativas da consultora Melconian e se eles se encontraram ela por informações e opiniões sobre do país. Fontes do FMI se limitou a confirmar a NAÇÃO que recebeu a ordem do juiz e do Departamento de Assuntos Jurídicos está analisando.
FONTE: Jornal La Nacion
Tradução: Elias Costa Tenório

MATÉRIA ORIGINAL:

PIDEN LA LISTA DE PERIODISTAS QUE ESCRIBEN SOBRE INFLACIÓN

Lo hizo un juez en la causa que inició Moreno contra las consultoras; rechazo de la oposición y de ADEPA

El juez en lo penal económico Alejandro Catania pidió a siete diarios un listado de los periodistas, con sus números telefónicos y direcciones, que hayan escrito sobre la inflación en los últimos seis años. La medida forma parte de la causa iniciada por una denuncia del secretario de Comercio, Guillermo Moreno , contra una consultora económica por divulgar datos estadísticos sobre la inflación que contradicen las cifras del Indec.
La inusual orden judicial, que alcanza a los diarios LA NACION, Clarín, Ambito Financiero, El Cronista Comercial, BAE y Página 12, provocó una dura reacción de la oposición , que calificó la decisión como una intimidación contra la prensa.
La Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (ADEPA) expresó su "grave preocupación y enérgico repudio" por la decisión del juez, que también alcanzó al Congreso. Catania le pidió a la Comisión de Libertad de Expresión de Diputados la remisión de los informes sobre la inflación estimada por las consultoras privadas, multadas por Moreno, que difunden todos los meses, y el acto administrativo por el cual tomaron la decisión de comunicar ese índice. También les pidió que digan cómo llegan a ese número. La UCR, el peronismo disidente, la Coalición Cívica, Pro y el GEN dijeron que la medida les recordaba a las "listas negras de la dictadura", que buscaba amedrentar a los periodistas.
El pedido del juez se conoció el mismo día en que la titular del FMI, Christine Lagarde, insistió en la necesidad de que la Argentina tenga estadísticas creíbles.

El constitucionalista Gregorio Badeni consideró que la medida ordenada por Catania "es una desnaturalización de la función judicial, porque no se advierte qué relación hay entre las publicaciones y el presunto hecho delictivo". Agregó que "es un avance sobre la libertad de prensa, no sólo el pedido a los medios, que puede considerarse intimidatorio, sino la sustanciación de la causa, que penaliza la libertad de expresión".
Moreno, tras embestir contra las consultoras y multarlas por difundir índices inflacionarios, que duplican los del Indec, denunció penalmente a una de ellas, M&S, de Carlos Melconian y Rodolfo Santángelo. Los acusa de agiotaje, que implica especular mediante la difusión de noticias falsas para hacer subir los precios de los productos, de los títulos públicos o la tasa de interés. Según Moreno, un escenario de alta inflación favorece a los bancos que ganan con mayores márgenes de intermediación y crecimiento de sus carteras de préstamos.
La denuncia recayó en el juzgado de Catania, que se la envió a la fiscal Carolina Robiglio, que pidió medidas previas e impulsó la acción contra Melconian, dijeron a LA NACION fuentes del juzgado. Catania libró oficios con medidas sugeridas por la fiscal y el propio Moreno.
El magistrado pidió a los diarios que informen en cinco días si tienen vínculos comerciales con Melconian y la "nómina, dirección y teléfonos de contacto" de los periodistas que hayan escrito sobre la inflación desde 2006.
En el juzgado dijeron que la medida "no tiene una intención persecutoria", sino que busca tener datos para citar a periodistas como testigos. "La hipótesis de que haya algún periodista imputado, por ahora, es exagerada", dijeron en tribunales.
La ley protege el secreto de la fuente de los periodistas, que a lo sumo pueden ratificar en una declaración el contenido de sus notas, con lo que no quedan claros los motivos de su eventual citación. Lo habitual es que cuando los periodistas son citados lleguen oficios a los diarios o se los cite como a cualquier testigo en el domicilio que figura en el Registro Nacional de las Personas.
También ordenó que la Comisión de Libertad de Expresión diga cómo elaboran el índice de inflación que difunden;
que el Banco Central informe las tasas de interés desde 2006 y a cuánto ascendió el spread de los bancos (diferencia entre la tasa de interés pagada por depósitos y la cobrada por préstamos). También solicitó que informe sobre el dólar a futuro desde 2006 y que les pida informes a los bancos sobre si contrataron a Melconian, los contratos y los informes que hubiera realizado.
Los oficios se repiten al Indec, a la Caja de Valores y a la AFIP, así como al FMI. A las oficinas locales del organismo les pide que les diga qué parámetros usan en al confección de sus informes sobre la inflación en la Argentina, si tuvieron en cuenta las estimaciones de las consultora de Melconian y si se reunieron con ella para pedirle informes y opiniones sobre el país. Fuentes del FMI se limitaron a confirmar a LA NACION que recibieron el pedido del juez y que el departamento de asuntos legales lo está analizando.






21/09/2011

ELES ESTÃO HÁ 40 ANOS NA UTI

Paulo Machado e Eliana Zagui são os pacientes mais antigos do maior hospital do País. “Eu ainda quero sair daqui", diz ela

Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Eliana Zagui tem 37 anos e está internada desde o primeiro ano de vida por causa da paralisia infantil

Ela sorri e diz que o filme mais bonito que já viu na vida foi Dirty Dancing, aquele com o Patrick Swayze, que no Brasil foi chamado de Ritmo Quente.
Quando o longa estreou, em 1987, Eliana Zagui, hoje com 37 de idade, tinha 13 anos e já estava internada em um leito de UTI há 12 anos. Ela devorou cada minuto da sessão de “cinema hospitalar”. De lá para cá, ainda hospitalizada, Eliana já reviu 18 vezes o mesmo filme.
Bem ao seu lado, está internado Paulo Henrique Machado, cinéfilo desde menino, que tem uma queda por animação e já recebeu visitas ilustres em seu leito, como a de Carlos Saldanha, produtor brasileiro que participou de a Era do Gelo.
“Eu ainda vou fazer meu próprio filme, em 3D, com bonecos de massinha, todos deficientes físicos”, conta ele com 43 anos, 42 passados dentro do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Eliana e Paulo são os pacientes mais antigos do maior complexo hospitalar da América Latina. Estão hospitalizados há quatro décadas, representando as últimas vítimas do surto de paralisia infantil que ocorreu no Brasil no início da década de 70.
São testemunhas vivas de um momento muito difícil da saúde do País e assistiram não apenas à erradicação desta doença em território nacional (graças à vacinação em massa), como o surgimento das primeiras unidades de terapia intensiva (UTI) para pacientes graves que, assim como eles, não podiam voltar para casa.
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Paulo Henrique Machado, 43 anos, internado há 42 anos, foi o primeiro paciente da UTI do Hospital das Clínicas

O vírus da poliomelite tirou os movimentos das pernas de Paulo e também comprometeu a sua capacidade de respirar sozinho. Eliana só consegue movimentar os olhos e a boca e, da mesma forma, para que o ar chegue aos pulmões, precisa da ajuda de um aparelho (pesado e caro).
Ele tinha 1 ano e três meses quando foi internado e ela quase dois anos. Foram encaminhados para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do HC, em um prédio que só cuidava de crianças acometidas pela pólio. Alguns pacientes tiveram alta, outros não sobreviveram. Pouco a pouco, acidentados de carro, vítimas de queda de motocicletas e de violência começaram a dividir espaço naquele edifício feito originalmente para a paralisia infantil.
ÉRAMOS 7
Ainda que com pacientes mais variados, uma ala especial do “prédio da pólio” foi reservada para as sete crianças com poliomielite que ainda não tinham liberação médica para voltar para suas residências. Neste mesmo período, a especialidade médica chamada “intensivista” já havia nascido e aquele grupo de pequenos pacientes passou a receber cuidados permanentes de diversas especialidades médicas em um só local.
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Eles passaram a infância, a adolescência e a vida adulta nos leitos. E fizeram dos quartos de UTI suas casas


O tempo foi passando e a cada ano, uma das camas ficava vazia, pontuando a gravidade da pólio e a necessidade de aperfeiçoar os cuidados da UTI. “Éramos sete. Ficaram apenas eu e o Paulo. O que mais sinto saudade é da época das festas juninas, quando todos nós vestíamos roupas de caipira, fazíamos tranças e só dávamos risadas com as bandeirolas e cantigas típicas que montavam para gente.”
DESCOBERTAS

Na posição horizontal, Eliana e Paulo Henrique descobriram um mundo cheio de possibilidades. Ele lembra de ver pela televisão, em branco e preto, a chegada do homem na lua. Eliana precisou usar óculos por causa da miopia e deixou os cabelos encaracolados crescerem até a altura dos ombros.
Quase no mesmo compasso dos avanços médicos, a tecnologia voltada para a comunicação também foi melhorando a vida deles. Os respiradores mais leves permitiam deslocamento para outras áreas do hospital. O walkman trouxe a possibilidade de escutar as próprias músicas sem precisar “incomodar” mais ninguém. Os monitores cardíacos ficaram mais precisos e possibilitavam prolongar os banhos de sol. O computador e a internet trouxeram para perto dos dois os cursos on-line. Eliana, com a boca, aprendeu a pintar quadros lindos. Paulo Henrique descobriu tudo sobre programas de edição e design, o primeiro passo para os trabalhos que desenvolve hoje.
Os dois terminaram o Ensino Médio e o ano passado prestaram o Enem. O sonho de Eliana é fazer faculdade de psicologia, vontade que ficou ainda mais aflorada no início do ano passado. “Graças a um respirador novo, eu consegui pela primeira vez dormir fora do HC. Fui à formatura de uma grande amiga, que tornou-se psicóloga. Acompanhar a colação de grau, ver aquela festa e ainda dormir em outro ambiente foi simplesmente demais”, conta.
Já Paulo Henrique quer fazer mesmo é curso superior de cinema. E alimentou este sonho nas cinco vezes em que ficou fora do Instituto por três horas e deu uma passadinha rápida no Shopping Santa Cruz para uma sessão.
“Dormir fora eu não tenho vontade, acho que tenho receio. Quando a gente vai para o mundo, percebe que as coisas são maiores do que estamos acostumados a ver. Não sei se estou pronto para encarar isso”, diz ele.
"NÃO SOU ROBÔ"
Eliana, ao contrário, é uma entusiasta da tecnologia e com uma ansiedade por vezes travestida de mau-humor, espera que a chegada de novos aparelhos médicos a possibilitem deixar o hospital. Ela prepara o “ponto final” de seu livro que, em uma referência à aparelhagem que contribuiu para que chegasse aos 37 anos de vida, vai chamar de “Pulmão de Aço”, uma referência ao respirador artificial que a acompanha desde menina.
Foto: Edu Cesar/Fotoarena
Vida real: Por trás das máquinas existem seres humanos. Perto dos fios, estão as flores


Ao longo do tempo em que esteve que na posição de paciente Eliana viu o amadurecimento da UTI brasileira e entendeu perfeitamente que a medicina hi-tech foi um dos avanços mais importantes da saúde do País.
“Mas o contato humano e a relação pessoal ainda precisam ser mais trabalhados nestes espaços", diz. As pessoas esquecem que por trás das máquinas existem seres humanos.

19/09/2011

NA ONU, DILMA DEFENDE QUEBRA DE PATENTES DE MEDICAMENTOS

"O Brasil defende acesso a esses medicamentos", disse a presidenta, referindo-se a doenças crônicas não transmissíveis


A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender a quebra de patente de alguns medicamentos para tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, e acesso gratuito a medicamentos para população de baixa renda para tratar essas doenças. Dilma falou nesta segunda-feira na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas não Transmissíveis, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.





Dilma: "A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos"

De acordo com Dilma, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são com pessoas com essas doenças. "O Brasil defende acesso a esses medicamentos", disse, lembrando que uma das primeiras medidas do seu governo foi aumentar acesso para pacientes com hipertensão e diabetes, possibilitando o acesso gratuito a esses medicamentos, por meio do Programa Saúde Não Tem Preço, que distribui remédios a 20 mil farmácias publicas e privadas. "A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos", ressaltou.
A presidenta afirmou na ONU que a saúde da mulher é prioridade de seu governo. Acrescentou que está fortemente empenhada na redução de problemas que afetam esse segmento da população, como o câncer de mama e o de colo de útero, além da mortalidade infantil. Ela citou medidas que estão sendo adotadas para reduzir esses problemas. “Estamos facilitando o acesso aos exames preventivos, melhorando a qualidade das mamografias e ampliando o tratamento para as vítimas de câncer”, disse.
 “O Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à saúde. Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, a busca da equidade e o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde”, afirmou.
A presidenta ressaltou também que o Brasil está intensificando o combate aos fatores de risco com maior influência no aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis como o tabagismo, o uso abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável. “Outra iniciativa do meu governo foi a assinatura de acordos com a indústria alimentar para a eliminação das gorduras trans e a redução do sódio. Queremos avançar ainda mais no combate ao tabagismo, com a implementação plena dos artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco”.
Dilma disse esperar que as discussões na ONU produzam passos decisivos na redução das doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo entre a parcela mais pobre da população. “A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de repostas integrais aos nossos problemas. É fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e aquelas destinadas a lidar com os determinantes socioeconômicos dessas enfermidades”, concluiu.
Na parte da tarde, Dilma se reúne com Michelle Bachellet, ex-presidenta do Chile e chefe da agência da Organização das Nações Unidas para a Mulher. Em pauta, os esforços conjuntos que podem ser desenvolvidos para incentivar a participação das mulheres em ações políticas e institucionais no mundo.

ADOLESCENTE É ABUSADA EM COLÔNIA AGRÍCOLA NO PARÁ

Segundo informações do Conselho Tutelar, uma jovem de 14 anos foi vítima de abusos durante quatro dias. Após denúncia, agentes foram exonerados

Adolescente de 14 anos foi abusada durante quatro dias dentro da Colônia Heleno Fragoso, no Pará
FOTO: AE

Uma adolescente de 14 foi abusada sexualmente durante quatro dias dentro da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, cidade distante 50 quilômetros de Belém. Após as denúncias, o governo do Estado exonerou o diretor da Colônia Agrícola Heleno Fragoso em Santa Izabel, no Pará, André de Albuquerque Nunes e mais 20 agentes penitenciários que estavam trabalhando durante esse período.
Segundo informações do Conselho Tutelar da cidade, a adolescente foi aliciada, na segunda-feira (12), por uma mulher na praia de Outeiro, em Belém e levada para dentro da unidade prisional. Na Colônia Agrícola ela foi drogada e espancada e teve relações sexuais com vários detentos. Todas sem uso de preservativo. Ainda segundo o órgão, outras duas adolescentes: uma de 13 anos e outra de 17 anos também foram abusadas dentro do presídio. Ao conselho, a jovem disse que “perdeu as contas” de quantos homens a abusaram.
A adolescente ficou no presídio até a madrugada de sábado quando conseguiu ser resgatada pelos conselheiros tutelares. Nesta segunda, ela passará por exames de conjunção carnal e lesão corporal. Também existe a suspeita da adolescente ter contraído doenças sexualmente transmissíveis após os abusos.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) e corre em segredo de Justiça. Essa não foi a primeira vez que esta adolescente foi abusada. Pelas informações do Conselho Tutelar, quando ela tinha 5 anos de idade, ela foi estuprada pelo seu bisavô. Desde junho, ela fugiu de casa e morava pelas ruas de Santa Izabel com o namorado, também adolescente.

Em novembro de 2007, uma outra adolescente também foi abusada dentro de um presídio no Pará. O caso aconteceu em Abaetetuba, cidade distante 80 quilômetros de Belém. A jovem de 16 anos ficou aproximadamente 30 dias dentro da prisão. Os detentos até cortaram os cabelos da jovem para que ela passasse desapercebida pelos agentes penitenciários.