"O Brasil defende acesso a esses medicamentos", disse a presidenta, referindo-se a doenças crônicas não transmissíveis
A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender a quebra de patente de alguns medicamentos para tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, e acesso gratuito a medicamentos para população de baixa renda para tratar essas doenças. Dilma falou nesta segunda-feira na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas não Transmissíveis, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York , nos Estados Unidos.
Dilma: "A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos"
De acordo com Dilma, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são com pessoas com essas doenças. "O Brasil defende acesso a esses medicamentos", disse, lembrando que uma das primeiras medidas do seu governo foi aumentar acesso para pacientes com hipertensão e diabetes, possibilitando o acesso gratuito a esses medicamentos, por meio do Programa Saúde Não Tem Preço, que distribui remédios a 20 mil farmácias publicas e privadas. "A defesa ao acesso dos medicamentos e prevenção devem andar juntos", ressaltou.
A presidenta afirmou na ONU que a saúde da mulher é prioridade de seu governo. Acrescentou que está fortemente empenhada na redução de problemas que afetam esse segmento da população, como o câncer de mama e o de colo de útero, além da mortalidade infantil. Ela citou medidas que estão sendo adotadas para reduzir esses problemas. “Estamos facilitando o acesso aos exames preventivos, melhorando a qualidade das mamografias e ampliando o tratamento para as vítimas de câncer”, disse.
“O Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à saúde. Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, a busca da equidade e o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde”, afirmou.
A presidenta ressaltou também que o Brasil está intensificando o combate aos fatores de risco com maior influência no aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis como o tabagismo, o uso abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável. “Outra iniciativa do meu governo foi a assinatura de acordos com a indústria alimentar para a eliminação das gorduras trans e a redução do sódio. Queremos avançar ainda mais no combate ao tabagismo, com a implementação plena dos artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco”.
Dilma disse esperar que as discussões na ONU produzam passos decisivos na redução das doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo entre a parcela mais pobre da população. “A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de repostas integrais aos nossos problemas. É fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e aquelas destinadas a lidar com os determinantes socioeconômicos dessas enfermidades”, concluiu.
Na parte da tarde, Dilma se reúne com Michelle Bachellet, ex-presidenta do Chile e chefe da agência da Organização das Nações Unidas para a Mulher. Em pauta, os esforços conjuntos que podem ser desenvolvidos para incentivar a participação das mulheres em ações políticas e institucionais no mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário