Exibindo os polegares em sinal de ''ok', Calvert teria se filmado estuprando a colega enquanto ela dormia após noite de bebedeira
Um cadete australiano da Marinha que filmou a si mesmo enquanto estuprava uma mulher afirmou diante de um tribunal nesta segunda-feira que cometeu o crime para ser aceito pelos seus companheiros. O militar Keith Calvert, de 24 anos, foi considerado culpado no mês passado de duas acusações de estupro contra uma colega, em 2009. Sua sentença deve ser divulgada na sexta-feira.
O advogado do cadete, David Sexton, afirmou durante uma audiência que se vangloriar de aventuras sexuais e filmá-las com telefones celulares era algo corriqueiro na base militar em que ele servia. Exibindo os polegares em sinal de ''ok', Calvert teria se filmado estuprando a colega enquanto ela dormia após uma noite de bebedeira na cidade de Melbourne, em 2009, juntamente com outros colegas do sexo masculino. A vítima só veio a saber do que havia acontecido após ter sido alertada, meses depois, por outras pessoas que haviam visto a filmagem.
'TRABALHO DURO E DIVERSÃO PESADA'
O advogado de Calvert afirmou que a base militar Cerberus, no sul de Melbourne, era regida por uma cultura de ''trabalho duro e diversão pesada''. ''Existe uma cultura de relatar e vangloriar-se de conquistas sexuais que inclui revelar as aventuras de alguém com a exibição de imagens filmadas com celulares'', afirmou Sexton.
Segundo o advogado, seu cliente estava ''desesperado para se encaixar no estilo de vida da Marinha e abraçou esse estilo com muita vontade''.
As declarações foram feitas pouco antes da divulgação de um inquérito sobre casos de abuso sexual nas Forças Armadas australianas. Um outro escândalo sexual está atualmente sob investigação envolvendo integrantes da Academia da Força de Defesa Australiana.
Dois cadetes foram condenados por ter filmado secretamente uma novata tendo relações sexuais e por ter postado a filmagem na internet. Os diferentes episódios vêm despertando questões sobre o tratamento de mulheres dentro das Forças Armadas australianas.
Por causa de um alto número de alegações de abuso, o prazo para a publicação das conclusões do inquérito foi prolongado até o 30 de setembro, um mês depois da data originalmente prevista.
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