06/11/2012

PROBLEMAS AMBIENTAIS NOS MORROS DE ITAPEMA


Trabalho de Biologia
Alunas: Maria Luiza Linhares, Bianca Benjamin, Jessyca Sandy, Juliana Nascimento e Thainá Batista
Professora: Maria Beletti
Série: 3º Ano 5
E.E.B. Prefeito Olegário Bernardes

Itapema é uma cidade litorânea cercada por morros, muitos deles possuindo nascentes de rios, riachos e cachoeiras.
Itapema é uma cidade cercada por morros

Além da questão hidrográfica, como parte da Mata Atlântica, nossos morros possuem uma imensa variedade de espécies de fauna e flora, inclusive espécies que devem ser preservadas, como recentemente apontou o Instituo Çarakura (Duas espécies de rãs que são consideradas ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul Haddadus binotatus e Vitreorana uranoscopa no município de Itapema, ambas registradas apenas em áreas florestais na área da Praia grossa) por ocasião do levantamento faunístico da região da Praia Grossa, no Morro do Cabeço.
Como ocorre em outros municípios brasileiros, em Itapema também ocorre a degradação dos morros, seja em conseqüência do desmatamento, do avanço da fronteira agrícola, da mineração, das queimadas e do desenvolvimento da infra-estrutura e urbanização.

A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DOS MORROS
É indiscutível a importância de regiões em de topo de morros e encostas para preservar o meio ambiente. Principalmente as ares com nascentes devem ser preservados para evitar o desaparecimento das mesmas e, no caso de Itapema, até mesmo o desabastecimento de água potável, pois grande parte da captação do suprimento de água fornecida pela concessionária Companhia Águas de Itapema, é retirada de nascentes em morros da cidade.
Claro que, como dito inicialmente, nossas áreas de morros fazem parte da Mata Atlântica e por si só devem ser preservados em razão da grande variedade de espécies da fauna e flora, além dos aspectos hidrográficos.
Praia Grossa, localizada no Morro do Cabeço, possui uma grande variedade de espécies de fauna e flora. Ali é o habitat das duas espécies de rãs consideradas em extinção, Haddadus binotatus e Vitreorana uranoscopa

Um dos pontos centrais debatidos na reforma do Código Florestal foi a necessidade de manter-se a vegetação nativa nos topos de morro e nas encostas. Não é possível utilizar essas áreas, pois são regiões sensíveis, que devem ser preservadas com vegetação nativa, inclusive para se evitar tragédias como aconteceram em Blumenau, Ilhota e Rio de Janeiro, entre outros.
Vitreorana uranoscopa


Mas a adoção de medidas de preservação depende dos municípios e dos Estados, que dificilmente possuem planos de ocupação do solo e recursos para isso. É um grande problema e precisa ser atacado urgentemente.
Haddadus binotatus

Em nosso município, a degradação dos morros ocorre em função da agricultura, da extração irregular de palmito, do avanço imobiliário e da extração de barro (as famosas “barreiras”).
Nota-se que pouco se faz em razão desses fatores elencados, no sentido de se disciplinar e fiscalizar o avanço sobre as áreas de morros.
Mas talvez o maior problema ambiental nos morros sejam causados em função da extração de barro. São várias “barreiras” instaladas no município, e algumas desativadas que não tiveram sua área recuperada, ficando somente o dano ambiental, além do visual degradante.
Há certamente uma necessidade urgente da disciplinação da utilização dessas “barreiras”, com regras específicas e com fiscalização adequada para se evitar a continuidade da degradação ambiental envolvendo os morros de nossa cidade.

RETIRADA DE MORROS E AVANÇO URBANO
O homem pode perfeitamente conviver com a natureza, expandir áreas urbanas e rurais de forma a se evitar ou mesmo amenizar os impactos na natureza.
Em Balneário Camboriú, por exemplo, devido ao crescimento urbano, observa-se a retirada gradativa de um morro inteiro para o alargamento da área urbana, com um planejamento adequado e redução do impacto ambiental.
Em Itapema, a continuar o ritmo atual de crescimento da cidade, futuramente também será necessário a retirada de pelo menos um morro para o avanço urbano.
A área mais propícia para tal e sem ligação com outros morros e⁄ou existência de nascentes, é o conhecido Morro do Santo Antônio, próximo aos bairros Areal e Várzea. Além de estar localizado em uma área estratégica para o crescimento urbano de Itapema, possui uma insignificante fauna e flora no contexto municipal, o que facilitaria eventual deslocamento de espécies para outras áreas e permitiria o crescimento do município de forma ordenada e teria um impacto ambiental reduzido.
Finalmente, como se observa, os nossos morros possuem problemas ambientais, mas ainda em pequena escala e devem ser observados com maior atenção pela sociedade para se evitar que aumentem, o que seria certamente uma tragédia para Itapema, pois a cidade depende da preservação dos morros para sua própria sobrevivência.





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