Alvos de Teerã incluiriam infraestruturas petrolíferas do Golfo Pérsico e tropas americanas no Afeganistão
As autoridades americanas que avaliaram as possíveis reações iranianas a qualquer ataque a seu programa nuclear por parte de Israel acreditam que o país irá retaliar, lançando mísseis e realizando ataques terroristas contra civis e militares que vivem no exterior.
Embora uma retaliação contra Israel usando mísseis seja quase garantida, de acordo com essas avaliações, o Irã provavelmente também tentará medir qual seria a sua resposta contra certos alvos americanos para não dar aos Estados Unidos lógica para que possam retaliar de maneira que prejudique o programa nuclear de Teerã.
"Os iranianos têm sido muito bons em calcular as possíveis consequências de seus atos", disse o general aposentado James E. Cartwright, que como oficial superior do Comando Estratégico e vice-presidente do Estado-Maior Conjunto participou de táticas de guerra que envolveram tanto a dissuasão quanto a retaliação de potenciais adversários nucleares como o Irã.
Os alvos iranianos, Cartwright e outros analistas americanos acreditam, irão incluir as infraestruturas petrolíferas do Golfo Pérsico e as tropas dos Estados Unidos no Afeganistão, para onde o Irã tem sido acusado de transportar explosivos para abastecer as forças rebeldes locais.
Foto de setembro de 2011 mostra encontro entre Obama e premiê de Israel, Benjamin Netanyahu (D), que defende direito de se defender contra o Irã
Tanto os americanos quanto os oficiais israelenses que discutiram o pensamento atual sobre as potenciais ramificações de um ataque israelense acreditam que a última coisa que o Irã quer é uma guerra em grande escala dentro de seu território. A análise, no entanto, também incluiu a ressalva de que é impossível saber o que pensa a liderança sênior de Teerã.
Embora certas evidências sugiram que o Irã continua a fazer progressos em direção a um programa de armas nucleares mais fortalecido, os oficiais de inteligência americanos acreditam que não existem provas concretas de que o Irã tenha decidido construir uma bomba nuclear.
Ataque Preventivo
Mas a possibilidade de que Israel efetue um ataque preventivo se tornou um foco dos políticos americanos e pode ser um dos principais assuntos na reunião entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente Barack Obama na Casa Branca nesta segunda-feira.
Em novembro, o Ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que qualquer retaliação iraniana a um ataque israelense seria "suportável" e que a estimava de seu governo de que o Irã está blefando tem sido um elemento-chave na preparação de seu ataque.
"Se o Irã for atingido de forma precisa, (Israel) reagirá, sem dúvida alguma", disse um ex-oficial israelense, citando comentários feitos por Barak no ano passado."O Irã não irá colocar o Oriente Médio em uma situação difícil".
"Será que um ataque de 40 mísseis contra Tel Aviv seria uma coisa boa?", perguntou o oficial, ao expor o cálculo israelense. "Não. Mas certamente é melhor do que ter de enfrentar um Irã com poder nuclear. "
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