A
Comissão de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) estabeleceu diretrizes para a gestão da segurança da informação
em todo o Judiciário. O documento traz uma série de orientações para que os
tribunais brasileiros estabeleçam normas e ações que garantam a integridade das
informações utilizadas no Judiciário, de forma a prevenir e combater invasões
nos sistemas informatizados.
Segundo
um dos membros da Comissão, o conselheiro Wellington Saraiva, é importante que
os gestores dos tribunais se sensibilizem quanto à importância de definir uma
política de segurança de informação, uma vez que o Judiciário possui nível
elevado de informatização e manuseia grande quantidade de informações
sigilosas. “Dependendo da gravidade do ataque, todo o sistema pode entrar
em colapso afetando a vida de muitos cidadãos”, alerta o conselheiro. De
acordo com ele, apenas no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 87
mil incidentes de segurança na internet brasileira, um aumento de 116% em
relação a 2011.
Entre
as diretrizes traçadas pela Comissão do CNJ está a formação de um comitê gestor
em cada tribunal, que ficaria responsável por elaborar política e normas
de segurança da informação. A ideia é que os responsáveis desses comitês
componham um fórum nacional com a missão de unificar as estratégias de ação em
todo o Judiciário. O documento orienta ainda as Cortes a criarem uma equipe de
resposta a incidentes de segurança da informação para avaliar a fragilidade dos
sistemas dos tribunais possibilitando a tomada de providências de forma ágil.
“São princípios gerais que servirão de base para que os próprios tribunais
estabeleçam suas normas”, explica o conselheiro.
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