Câmara impôs
derrota ao governo ao aprovar texto mais favorável a ruralistas. Carvalho
lembrou que presidenta tem direito a veto
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, disse nesta quinta-feira (26) que o texto do Código Florestal, aprovado
ontem (25) na Câmara dos Deputados, não foi o esperado pelo governo
e lembrou que a presidenta tem direito ao veto e irá analisar a possibilidade
com "calma" e “serenidade”.
“É público e notório que nós esperávamos um resultado
que desse sequência àquilo que foi acordado no Senado”, disse. “Como nos é dado
também pela Constituição o direito ao veto, a presidenta vai analisar com muita
serenidade, sem animosidade, sem adiantar nenhuma solução. Vamos analisar com
calma”, afirmou após participar da abertura do debate Diálogos Sociais: Rumo à
Rio+20.
Ministro
Gilberto Carvalho lembra que Dilma pode vetar texto do novo Código Florestal
Gilberto Carvalho minimizou a "vitória" da
bancada ruralista na aprovação do texto e respondeu que se trata de uma
“correlação de forças” no Congresso. “Agora nós vamos, com sangue-frio e
tranquilidade, analisar”, destacou.
O ministro disse ainda que a decisão da presidenta
Dilma levará em conta aspectos além da repercussão que o Código Florestal possa
ter na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20). “Muito mais importante que a Rio+20 é o nosso cuidado com a
preservação e com o modelo de desenvolvimento sustentável que pregamos.”
O texto base do novo Código Florestal
foi aprovado na Câmara dos Deputados com
as mudanças propostas pelo relator da matéria, deputado Paulo Piau (PMDB-MG),
que agradaram aos ruralistas.
O governo e os ambientalistas defendiam o texto
aprovado pelos senadores e enviado à Câmara para nova votação, com o argumento
que, no Senado, a proposta havia sido acordada com o setor produtivo e com os
ambientalistas, e que também contou com a aprovação de deputados.
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