20/04/2012

PAI FLAGRADO AO AGREDIR FILHA ADMITE QUE COMETEU UMA ‘ATROCIDADE’


O auxiliar de pedreiro Alessandro dos Santos Borges, 29, flagrado ao espancar a filha de 9 anos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, admitiu que cometeu uma “atrocidade” durante entrevista concedida ao MSTV. “Foi um ato de fraqueza, eu acabei cometendo essa atrocidade contra minha filha, tenho um profundo arrependimento, eu só sei chorar e pedir perdão”, disse.

Um vizinho de Alessandro filmou a agressão e denunciou Alessandro à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA). Vizinhos e conhecidos foram ouvidos e confirmaram as agressões aos agentes policiais, que acabaram detendo o pai da menina agredida. "Como os vizinhos contaram que a agressão teria acontecido há poucas horas, a prisão foi feita em flagrante", informou a delegada Regina Márcia Rodrigues. Em depoimento a menina teria dito que mais cedo, no mesmo dia, a madrasta também a teria agredido.

O pai da garota foi detido na terça-feira (17) e liberado no mesmo dia, depois de habeas-corpus. Alessandro e a madrasta da menina, 30, foram indiciados por lesão corporal dolosa e violência doméstica. Ele disse à polícia que estava nervosoporque a filha estragou a pintura da geladeira da casa onde moravam.

“Sempre gritei muito e, como o tom da minha voz altera sempre, os vizinhos achavam que batia nela sempre. Essa foi a primeira vez que bati nela daquele jeito, eu achei que estava educando ao bater. Em outras vezes, eu colocava ela de castigo, ela ia para o quarto e ficava lendo, mas eu não batia”, afirmou Alessandro durante o programa jornalístico.

O auxiliar de pedreiro também disse que não se reconhecia no vídeo. “A partir de tudo o que aconteceu, hoje eu sou uma pessoa melhor, eu mudei. Foi uma coisa de momento que eu não consigo nem explicar. Sei que eu não devia ter feito”.

A criança está provisoriamente com a avó paterna, que já protocolou o pedido de guarda provisória, e  pai está proibido de manter contato com ela. Caso ele desrespeite a distância mínima em relação à menina – 300 metros – poderá ser detido novamente. 

A mãe biológica também está reunindo documentos para fazer a mesma solicitação da avó paterna.




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