A
Justiça sentenciou o adolescente de Maceió M. S. S. a prestar serviços a
comunidade por causa de um ato infracional que cometeu em 2011. Durante dois meses,
o jovem cumpriu a medida socioeducativa como auxiliar administrativo do Centro
de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade. O compromisso
profissional e a desenvoltura no trato com os colegas do rapaz agradaram tanto
que hoje, aos 18 anos, M. é funcionário da empresa terceirizada que atua no
órgão.
Um
levantamento vai apontar quantos casos semelhantes ao de M. há em Maceió. A pesquisa será
realizada pela Coordenadoria de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto , atendendo
a pedido das juízas auxiliares da Presidência do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) Joelci Diniz e Cristiana Cordeiro feito durante a visita, nesta
quarta-feira (18/7), ao órgão da Prefeitura Municipal de Maceió que acompanha o
cumprimento dessas medidas por adolescentes em conflito com a lei na capital.
Sucesso – O objetivo é
apurar qual o índice de sucesso das medidas socioeducativas em meio aberto na
capital alagoana – além da prestação de serviços comunitários, também existe a
liberdade assistida. A pesquisa também vai descobrir quantos jovens acabaram
reincidindo em algum ato infracional após cumprir esse tipo de medida.
“Esse
levantamento será muito importante, principalmente porque essas medidas são
fiscalizadas pelas prefeituras municipais e no Nordeste, há muitas prefeituras
pequenas, com poucas condições para fazer esse trabalho”, afirmou a juíza
Joelci Diniz.
Segundo
o coordenador do órgão da Prefeitura de Maceió, Iury Calheiros, atualmente 179
jovens da capital estão cumprindo alguma medida socioeducativa em meio aberto –
em grande parte por causa de roubos ou furtos. “A maioria dos jovens que
acompanhamos estão cumprindo medida pela primeira vez. Apenas 20% deles
chegaram aqui após uma internação ou cumprir medida de semi-liberdade”,
explicou.
A
prestação de serviço comunitário a entidades como a Fundação Pestalozzi ou a
Associação de Amigos e Pais de Pessoas Especiais da cidade ocupa o dia de 75
jovens da capital. Os demais cumprem liberdade assistida. “Essa medida
(liberdade assistida) muda a vida desses adolescentes. Eles saem daqui fazendo
planos para o futuro”, disse a assistente social Fabiana Ferreira, que lida com
os jovens em liberdade assistida.
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