Agora, decisão sobre a perda de mandato
do senador por elo com o bicheiro Cachoeira vai a plenário na próxima
quarta-feira
O senador Pedro Taques (PDT-MT),
relator na CCJ, defendeu que o processo de cassação não teve qualquer
vício na tramitação. No parecer lido ao longo de mais de uma hora na comissão,
Taques concluiu que o caso está pronto para ser votado no plenário da Casa.
Demóstenes não foi à reunião, sendo
representado por seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro. São
necessários 41 dos 81 votos dos senadores. A votação em plenário é feita de
forma secreta.
Até a decisão final, o senador
Demóstenes promete fazer discursos de defesa na tribuna do plenário. No
primeiro, na última segunda-feira, o parlamentar pediu desculpas a cada um de seus colegas.
Ele também disse ser vítima de um processo de difamação provocado pelo
vazamento de conversas gravadas pela Polícia Federal durante as operações Vegas
e Monte Carlo.
Ontem, Demóstenes reafirmou sua inocência e disse que se tornou a "bola da
vez" em um pronunciamento que foi lido em 15 minutos.
Demóstenes é acusado de relações
estreitas com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, suspeito de operar um esquema de jogos ilegais e tráfico de
influência que contava com a participação de políticos e empresários. Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro e suas negociatas são alvo de
investigação em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquério)
mista.
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