Segundo a Agência Nacional de Saúde
Suplementar, queixas contra plano de saúde subiram 57% em 3 meses
No balanço do acompanhamento divulgado pela agência,
que contempla o período de 19 de março a 18 de junho, foram registradas 4.682
reclamações por beneficiários de planos de saúde que não tiveram respeitados os
prazos de suas solicitações, o que representa um aumento de 57% em relação ao
trimestre passado, quando houve 2.981 queixas.
O número de operadoras que receberam queixas, porém,
diminuiu. No atual balanço, foram 162 as empresas com reclamações, entre 1.016
que prestam serviços. No trimestre anterior, foram 193 as que tiveram pelo
menos um registro. Entre as operadoras odontológicas, só duas entre 370 foram
motivo de reclamações. No trimestre passado, foram sete.
O acompanhamento atual mostra que 105 operadoras
médico-hospitalares apresentaram reclamações nos dois períodos de avaliação e
destas, 40 se encaixam no critério para a suspensão da comercialização dos
produtos. Os casos estão sob análise da ANS, que pode suspender determinados
planos de saúde ou não. A agência não informou quando a avaliação será
concluída ou quando os nomes das prestadoras serão revelados.
A resolução da ANS sobre o cumprimento de prazos
prevê multas que variam entre R$ 80 mil e R$ 100 mil para situações de
emergência a urgência. A reincidência nesses casos pode levar à suspensão
parcial ou total da venda de planos. "O consumidor deve ter acesso a tudo
o que contratou com a sua operadora de planos de saúde. Aquelas que não
cumprirem este normativo poderão ter a venda de planos suspensa", afirma o
diretor-presidente da ANS, Mauricio Ceschin.
A agência
recomenda que o beneficiário deve entrar em contato com a operadora e negociar
uma solução caso a solicitação não tenha sido atendida no tempo previsto,
sempre com o número do protocolo do atendimento em mãos. Se nenhuma outra
opção for dada pela empresa, a ANS deve ser acionada pelos meios de reclamação
encontrados no site www.ans.gov.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário